quarta-feira, 14 de outubro de 2009

PARQUE NACIONAL SERRA DE ITABAIANA - SE

DECRETO DE 15 DE JUNHO DE 2005.

Cria o Parque Nacional Serra de Itabaiana, localizado nos Municípios de Areia Branca, Itabaiana, Laranjeiras, Itaporanga D’ajuda e Campo do Brito, no Estado de Sergipe, e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituição, tendo e vista o disposto no art. 11 da Lei no 9.985, de 18 de julho de 2000, no Decreto no 4.340, de 22 de agosto de 2002, e o que consta do Processo no 02001.007327/2004-60,

DECRETA:

Art. 1o Fica criado o Parque Nacional Serra de Itabaiana, localizado nos Municípios de Areia Branca, Itabaiana, Laranjeiras, Itaporanga D"ajuda e Campo do Brito, no Estado de Sergipe, com área aproximada de sete mil, novecentos e sessenta e seis hectares, com objetivo básico de preservar os ecossistemas naturais existentes, possibilitando a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação ambiental e de turismo ecológico.

Art. 2o O Parque Nacional Serra de Itabaiana tem os limites descritos a partir do levantamento topográfico realizado por meio de método diferencial com equipamento GPS topográfico- Marca/Modelo - TRIMBLE-PRO-XR, referendadas pelo meridiano central 39º e no DATUM SAD-69, com seu memorial descritivo dividido em duas áreas:

[...]

Parágrafo único. Fica excluído dos limites do Parque Nacional Serra de Itabaiana o leito asfaltado atual da BR-235.

Art. 3o Caberá ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA administrar o Parque Nacional Serra de Itabaiana, adotando as medidas necessárias à sua efetiva proteção, implantação e controle, na forma do art. 20 e seguintes da Lei no 9.985, de 18 de julho de 2000.

Art. 4o Ficam declarados de utilidade pública, para fins de desapropriação, pelo IBAMA, os imóveis rurais de legítimo domínio privado e suas benfeitorias que vierem a ser identificados nos limites descritos no art. 2o deste Decreto, nos termos do art. 5o, alínea "k", e 6o do Decreto-Lei no 3.365, de 21 de junho de 1941.

Parágrafo único. A Advocacia-Geral da União, por intermédio de sua unidade jurídica de execução junto ao IBAMA, fica autorizada a promover as medidas administrativas e judiciais pertinentes, visando a declaração de nulidade de eventuais títulos de propriedade e respectivos registros imobiliários considerados irregulares, incidentes na unidade de conservação de que trata este Decreto.

Art. 5o Fica estabelecido prazo de cinco anos, a partir da data de publicação deste Decreto, para elaboração do Plano de Manejo do Parque Nacional Serra de Itabaiana.

Art. 6o Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 15 de junho de 2005; 184o da Independência e 117o da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVAMarina Silva

<www.google.com.br/parquenacionalserradeitabaiana> Acesso em 14 out 2009.

LAMPIÃO EM SERGIPE

Antes de chegar a Poço Redondo em 29 de abril de 1929, Lampião esteve em Ribeirópolis, Pinhão e no povoado do Alagadiço, pertencente a Frei Paulo. Parecia procurar alguém ou reconhecer um terreno onde contava com amigos, como Otoniel Dória, de Itabaiana, terra de Volta Seca.
A amizade entre Lampião e Otoniel Dória certamente evitou a entrada do cangaceiro e do seu grupo em Itabaiana. No dia 21 de abril Lampião estava em Ribeirópolis, de lá foi para o Pinhão, voltou para Ribeirópolis, foi a Alagadiço, seguindo viagem até chegar a Poço Redondo, a terra que mais contribuiu com gente, homens e mulheres , para os bandos de cangaceiros.

Entrando e saindo de Sergipe, Lampião escolhia a dedo o roteiro e o lugar de suas visitas. A sua presença em Capela, em novembro daquele mesmo ano, é a mais conhecida e relatada, graças aos depoimentos de Jackson Alves de Carvalho, incluindo o relato que fez ao conterrâneo Nelson de Araújo, publicado no jornal A Tarde, da Bahia, e aos artigos de Zózimo Lima, no Correio de Aracaju e na Gazeta de Sergipe. Os dois informantes foram protagonistas dos acontecimentos na Capela e mereceram de Lampião toda a atenção. Um deles chegou a ser procurado no cinema da cidade. Zózimo Lima era dos Correios e Telégrafos, posto chave para evitar que a notícia da presença ali do cangaceiro fosse comunicada às autoridades.
Antes e depois de Capela, o capitão esteve em Nossa Senhora das Dores.A rota de Virgulino Ferreira da Silva em Sergipe era guardada por um grande círculo de amizades, transformadas quase sempre em coitos e em fornecimento de víveres, armas, munições, animais, dinheiro e outras coisas necessárias à sobrevivência do chefe e do seu bando. Um dos bons amigos de Lampião foi o capitão médico Eronídes de Carvalho, que depois da revolução de 1930 passou a ser figura destacada da vida política sergipana, ocupando o Governo da Interventoria e sendo, com a constitucionalização de 1934, Governador do Estado.

Em agosto de 1929, ano que Lampião passou quase todo em Sergipe, na fazenda Jaramantaia no município de Gararu, houve um encontro entre os dois amigos. Foram longas conversas documentadas pela câmera fotográfica de Eronídes de Carvalho, em fotos que o cangaceiro usa perneiras, o que era raro. Além de ser amigo do militar, Virgulino Ferreira da Silva tinha fortes laços com Antonio Carvalho, o Antonio Caixeiro, pai de Eronídes e influente senhor de terras em Canhoba, Gararu e Porto da Folha e em outros locais do sertão do São Francisco. A notória amizade estimulava os comentários de que a família de Eronídes de Carvalho fornecia armas e munições novas, modernas, tornando Lampião melhor armado do que as forças que o perseguiam.

O rio São Francisco era a ponte para Lampião, seu grupo, e os grupos de outros chefes, como Zé Sereno e Corisco, que freqüentemente andavam em solo sergipano. Sendo comum a travessia, nem sempre foi fácil fixar com precisão, quantas foram e quando foram as visitas dos cangaceiros a Sergipe. O que se sabe é que Sergipe foi bem freqüentado e viveu dias de medo, e sobressalto, debaixo da presença sempre surpreendente dos cangaceiros. Sabe-se também, que os senhores de terra e de engenhos davam quantias significativas a Lampião, atendendo aos seus pedidos, quase sempre escritos em cartões de visita com sua foto ao lado, ou em simples pedaços de papel.Antes de ter encontrado com o padre Artur Passos em Poço Redondo, Lampião pode ser assistido missa em Canindé, o arruado antigo que desapareceu do mapa para que surgisse, com a barragem do rio, uma nova cidade. No entanto, não houve o registro nos moldes do que foi feito pelo padre Artur Passos. A presença de Lampião em Sergipe permaneceu no noticiário dos jornais e nas conversas das cidades, povoados, nas feiras e nas ruas e estradas sergipanas, até sua morte na gruta de Angicos, nos domínios geográficos de Poço Redondo, no dia 28 de julho de 1938. O ataque da força alagoana atraiu a imprensa do Brasil, enquanto por coincidência ou não, Eronídes de Carvalho, na chefia do Governo, novamente como Interventor, pagava matéria publicitária de Sergipe, nos jornais do Rio de Janeiro.A morte de Virgulino Ferreira da Silva não encerrou o ciclo. Corisco, que escapou do massacre por ter chegado atrasado para o encontro com Lampião, vingou o chefe degolando moradores de fazendas da margem sergipana do rio São Francisco.

O rei do cangaço mereceria ainda, a atenção de escritores sergipanos, como Ranulfo Prata e Joaquim Góis. O primeiro era médico, escritor premiado como contista e como romancista, autor de Dentro da Noite, Navios Iluminados, Lírio da Corrente, escreveu Lampião, documentário editado em 1937 (Rio de Janeiro: Ariel) quando ainda vivo Lampião alimentava o imaginário social com suas façanhas. Joaquim Góis, investigador de polícia, integrante de uma das volantes sergipanas, revelou-se excelente narrador ao escrever Lampião – O Último Cangaceiro (Aracaju: Sociedade de Cultura Artística de Sergipe, 1966). Outro sergipano, José da Costa Dória, radicado na Bahia, testemunha ocular da presença de Lampião no sertão baiano, deixou inédito Vida e Morte do Cangaceiro Lampeão. Padre Artur Passos fez registro do seu encontro com Lampião em Poço Redondo em série de artigos publicados em pequenos jornais de Penedo, Alagoas e de Rosário do Catete e outros lugares de Sergipe. O jornalista baiano radicado em Aracaju, Juarez Conrado é o autor de A Última Semana de Lampião, publicado em 1983, adaptado para especial na televisão.
O acadêmico e magistrado José Anderson do Nascimento escreveu Cangaceiros, Coiteiros e Volantes, editado em 1998. Sila: Uma Cangaceira de Lampião é o livro de Ilda Ribeiro de Souza, a Sila, mulher de Zé Sereno, com seu depoimento sobre as andanças dos grupos pelo Nordeste. E Alcino Alves Costa, político de Poço Redondo, tem contribuído com informações e análises para a compreensão do fenômeno do cangaceirismo e especialmente sobre a presença de Lampião em Sergipe. Depois de publicar Lampião Além da Versão, em 1996, acaba de lançar O Sertão de Lampião, ambos editados sob os auspícios da Secretaria de Estado da Cultura. Vera Ferreira, filha de Expedita e neta de Lampião e de Maria Bonita tem pesquisado e estudado o cangaço, publicando livros esclarecedores, sozinha ou em parceria com o incansável Antonio Amaury Corrêa de Araújo, odontólogo e escritor radicado em São Paulo.

Frei Luiz Flavio Cappio, bispo da diocese de Barra (BA), receberá o Prêmio pela Paz da Pax Christi Internacional 2008 (2008 Pax Christi International Peace Award). O bispo brasileiro foi escolhido para receber o prêmio por suas ações a favor do rio São Francisco, bem como das pessoas que dependem dele para viver.
A Pax Christi é um movimento católico internacional para a Paz, fundado na França em 1945, com mais de 100 organizações-membro ativas em todo o mundo. A Comissão Pastoral da Terra (CPT) integra a organização e será responsável pela entrega do prêmio ao frei Luiz Cappio. A cerimônia ainda não tem data marcada, mas poderá ser feita aqui no Brasil, como forma de aproximação às ações de Dom Cappio.
O bispo ficou conhecido mundialmente após realizar um jejum de 24 dias em protesto contra a transposição do rio São Francisco. Sua manifestação chamou a atenção de movimentos sociais, personalidades públicas e do governo brasileiro aos prejuízos que o projeto trará às comunidades riberinhas e à biodiversidade da região cortada pelo rio.

LUIZ ANTÔNIO BARRETO – Jornalista e escritor.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

ISRAEL

História, Sionismo, Partilha da Palestina, Guerras árabe-israelenses, Fim da era trabalhista, Invasão do Líbano, Intifada, Acordos de paz, Assassinato de Rabin, Acordo de Wye Plantation, Retorno dos trabalhistas, Fracasso de Camp David, Segunda Intifada, Fatos Recentes, Assassinatos, Reocupação, Muro na fronteira, Fim da coalizão, DADOS GERAIS.

Protagonista central dos conflitos no Oriente Médio, o Estado de Israel nasce em 1948, com o retorno dos judeus ao território de onde haviam sido expulsos quase 2 mil anos antes. Sua fundação gera uma das mais intricadas disputas territoriais da atualidade, objeto de complexas negociações envolvendo israelenses e palestinos – que habitam a região há milênios e exigem que lá seja criado seu próprio Estado. O maior símbolo da situação em que vive o país é o status de Jerusalém, cidade considerada sagrada por três religiões: o judaísmo, o cristianismo e o islamismo.

A porção oriental, que inclui a Cidade Velha, é reivindicada por Israel e pelos palestinos. A ajuda financeira dos (EUA), dos judeus da diáspora, mais uma população de elevado nível educacional, faz de Israel a economia mais desenvolvida do Oriente Médio. Usando tecnologia avançada, os israelenses introduzem uma agricultura moderna nas terras áridas do país. Contam com uma indústria de ponta em informática e um poderoso arsenal de guerra. Estrategicamente localizada no encontro da com a, a nação possui enormes contrastes geográficos em seu território. Há praias na costa mediterrânea, picos nevados no extremo norte, vales verdes nos arredores do mar da Galiléia, um grande deserto no sul e a maior depressão do mundo, o mar Morto, situado 394 metros abaixo do nível do mar, no leste.

História

Pressionadas pelas constantes guerras com os vizinhos, as tribos judaicas unificam-se sob o comando de Saul por volta de 1029 a.C. Davi o sucede, em torno de 1000 a.C., e expande o território de Israel, que alcança o apogeu sob Salomão, entre 966 a.C. e 926 a.C.
Após sua morte, um período de crise põe em xeque a sobrevivência da nação judaica, que é conquistada por vários povos – babilônios, assírios, persas, gregos e romanos. Em 70, o general romano Tito destrói Jerusalém. Expulsos de seu território, os dispersam-se pelo mundo, no segundo momento da diáspora judaica – o primeiro se dá com a invasão de Jerusalém, em 586 a.C., pelo imperador babilônio Nabucodonosor. Em 636, os árabes ocupam a Palestina e convertem a maioria dos habitantes. Após sucessivas invasões,
a região é incorporada ao Império Turco-Otomano, de 1517 a 1917.

Sionismo – O atual Estado de Israel tem sua origem no (de Sion, colina da antiga Jerusalém), movimento surgido na Europa no século XIX. Seu ideólogo, Theodor Herzl, organiza, em 1897, em Basiléia, na Suíça, o primeiro congresso sionista, pela formação de um Estado judaico. Colonos judeus da Europa Oriental, onde o anti-semitismo é mais intenso, instalam-se na Palestina, de população árabe majoritária. Em 1909 criam o primeiro kibutz (colônia agrícola de caráter comunitário).

A Palestina é ocupada pelo no fim da I Guerra Mundial. Em 1917, o chanceler britânico, Arthur Balfour, declara apoio ao estabelecimento de um lar nacional dos judeus na região, sob a condição de ver respeitados os direitos das comunidades não-judaicas.
O governo britânico promete aos árabes um "grande Estado independente", que jamais é criado. Três anos depois, o Reino Unido recebe um mandato da Liga das Nações para administrar a Palestina. Líderes árabes, porém, consideram-se traídos pelos britânicos e ameaçados pelo sionismo.

A perseguição aos judeus pelo regime nazista de , a partir de 1933, intensifica a migração para a Palestina. Os britânicos tentam conciliar os oponentes, limitando a admissão de judeus, mas o fluxo clandestino continua. Entre 1936 e 1939 ocorre uma guerra civil entre árabes e judeus.

Partilha da Palestina – No fim da aumenta o apoio internacional à criação de um Estado judaico com a notícia do massacre de cerca de 6 milhões de judeus nos campos de extermínio nazistas, o holocausto. Encerrado o conflito, os britânicos delegam à Organização das Nações Unidas () a tarefa de solucionar os problemas da região. Sem uma consulta prévia aos árabes-palestinos, a ONU aprova, em 1947, a divisão da Palestina em dois Estados – um para os judeus, outro para os árabes, que rejeitam o plano.

Em 14 de maio de 1948 é criado o Estado de Israel, com David Ben-Gurion como primeiro-ministro. Cinco países árabes enviam tropas para impedir sua fundação. A guerra termina em janeiro de 1949, com a vitória de Israel e o desaparecimento do Estado árabe-palestino previsto pela ONU. Os israelenses passam a controlar 75% do território da Palestina. No mesmo mês, o país faz as primeiras eleições parlamentares. No ano seguinte entra em vigor a Lei do Retorno, que garante cidadania a todos os judeus. A economia floresce com o
apoio estrangeiro e remessas particulares de dinheiro.
Em 1956, Israel aproveita a crise do e se alia à França e ao Reino Unido para atacar o Egito na península do Sinai e na Faixa de Gaza. Por intervenção da ONU e sob pressão dos EUA e da União Soviética (URSS), as tropas israelenses retiram-se da região.

Guerras árabe-israelenses – Diante da aliança militar entre Egito, Síria e Jordânia – com o apoio da URSS –, Israel, fortemente armado pelos EUA, toma a iniciativa de atacar os três países em 5 de junho de 1967. O episódio, conhecido como a , termina em 10 de junho com a vitória israelense e a conquista do Sinai, da Faixa de Gaza, da Cisjordânia, das Colinas de Golã, na Síria, e da zona oriental de Jerusalém. Resoluções da ONU determinam a devolução das áreas ocupadas, mas Israel exige que os países árabes reconheçam sua existência e não aceita devolver Jerusalém Oriental –anexada em 1980. Crescem os ataques de palestinos contra Israel com Yasser Arafat eleito presidente da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), em 1969. Nova guerra eclode em 6 de outubro de 1973, feriado judaico do (Dia do Perdão). Num ataque-surpresa, tropas do Egito e da Síria avançam sobre o Sinai e Golã para reconquistar os territórios perdidos em 1967, mas são repelidas com duras perdas israelenses. O conflito se estende por 19 dias e não provoca alterações territoriais. Os árabes descobrem no petróleo uma arma de guerra: boicotam o fornecimento às nações que apóiam Israel e aumentam o preço do produto, provocando pânico mundial.

Fim da era trabalhista – Em 1977, a coligação liderada pelo direitista Partido Likud ganha as eleições em Israel, depois de 30 anos de hegemonia trabalhista. O primeiro-ministro, Menachem Begin, expande as colônias israelenses nos territórios árabes ocupados na Guerra dos Seis Dias. No mesmo ano, o presidente egípcio, Anuar Sadat, visita Jerusalém, abrindo caminho para os acordos de Camp David, mediados pelos EUA (1978/1979), mas repudiados pelos países árabes. O Sinai é devolvido ao Egito em 1982. O governo do Likud inicia um processo de desestatização e de enfraquecimento dos kibutz, que têm caráter socialista e são a base de apoio do Partido Trabalhista.

Palestinos ainda não têm seu Estado

Desde o nascimento de Israel, em maio de 1948, os palestinos vêm lutando pelo reconhecimento de seu Estado independente. Ele estava previsto no plano de partilha da Palestina, aprovado pela ONU, em 1947. A recusa de países árabes em aceitar a criação de uma nação judaica na região leva à guerra, que termina em 1949, com o desaparecimento do Estado árabe-palestino. Israel incorpora uma parte e o Egito anexa a Faixa de Gaza. Intimidados, centenas de milhares de palestinos se refugiam em países árabes vizinhos.

Em 1950, a Cisjordânia e Jerusalém Oriental passam para o controle da Jordânia. Em 1967, Israel ocupa a Faixa de Gaza, a Cisjordânia e o setor oriental de Jerusalém. Surge a OLP – A resistência palestina se organiza com a fundação no exílio da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), em 1964, mais tarde presidida por Yasser Arafat. A luta se intensifica quando a OLP instala suas bases no Líbano, em 1970, e passa a atacar o território israelense a partir do sul do país. Em 1982, Israel invade o Líbano, e o quartel-general da OLP se transfere para a Tunísia. Em 1987 eclode a rebelião palestina – a Intifada. Nos anos seguintes, Arafat passa à ofensiva diplomática e renuncia ao terrorismo. Os EUA respondem abrindo diálogo com a OLP.

Acordos de paz – No Acordo de Oslo, firmado em 1993, Israel e OLP se reconhecem e assinam uma declaração que prevê a devolução de territórios aos palestinos. Em 1994 e 1995, nos acordos de Oslo I e Oslo II, eles conquistam autonomia na maioria da Faixa de Gaza e em parte da Cisjordânia. Em 1996, Yasser Arafat vence a primeira eleição e torna-se presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP). Pelo Acordo de Wye Plantation (1998), Israel faz novas retiradas na Cisjordânia, concluídas em março de 2000.

Camp David – As negociações chegam a um impasse na fase que definiria o status final dos territórios palestinos. O primeiro-ministro israelense, Ehud Barak, e Arafat reúnem-se em Camp David (EUA), em julho de 2000, para tratar das questões mais difíceis, mas não chegam a um acordo. Arafat adia mais uma vez a proclamação da independência, inicialmente prevista para maio de 1999.

Nova Intifada – A frustração palestina resulta na segunda Intifada, iniciada em setembro de 2000. Entre os fatores que dificultam a retomada do diálogo destacam-se os atentados em Israel, a expansão das colônias judaicas em zonas árabes e o bloqueio militar a cidades palestinas. Reocupação – Os atentados suicidas se intensificam em 2002, e Israel amplia as invasões das áreas autônomas, sitiando Arafat e destruindo boa parte da infra-estrutura palestina. Os israelenses reocupam as grandes cidades autônomas (com exceção de Jericó) e impõem o toque de recolher. Acusado por EUA e Israel de conivência com o terrorismo e de manter um governo corrupto, Arafat promove reformas em seu ministério em junho e anuncia eleições presidenciais para janeiro. Em dezembro, a ANP adia o pleito para depois da retirada das tropas de Israel.


Invasão do Líbano– Em junho de 1982, o Exército israelense invade o e cerca Beirute, para destruir o quartel-general da OLP. Um acordo permite que os guerrilheiros palestinos transfiram suas bases para Túnis, na Tunísia. Israel retira-se da maior parte do Líbano em 1985, mas controla uma faixa no sul do país, próximo da fronteira, de onde grupos guerrilheiros apoiados pela Síria – sobretudo a milícia xiita libanesa Hezbollah – atacam o norte israelense.

Intifada– Em 1987 eclode a rebelião palestina nos territórios ocupados e no setor árabe de Jerusalém conhecida como Intifada ("sobressalto", em árabe). Israel reprime com violência os militantes palestinos e é condenado pela ONU. Em 1991, durante a , Israel é bombardeado com mísseis Scud lançados pelo Iraque. A pedido dos EUA, o país não revida, para não romper a coalizão anti-Iraque, que inclui países árabes.

O panorama político e econômico de Israel nos anos 1990 muda com a chegada massiva de imigrantes judeus da antiga . Com incentivo do governo israelense, em dez anos chega 1 milhão de imigrantes. O país investe pesado em habitação e na criação de empregos.

Acordos de paz– A pressão dos EUA por um acordo entre judeus e árabes aumenta após a Guerra do Golfo. Mas o processo de paz iniciado em Madri, em outubro de 1991, só começa a avançar com a vitória, nas eleições de 1992, dos trabalhistas, liderados por Itzhak Rabin. Em setembro de 1993, Israel e OLP assinam um tratado de paz, em Washington (EUA) – batizado de Oslo –, no qual se reconhecem mutuamente. Em maio de 1994, o Acordo de Oslo I determina a primeira retirada das tropas israelenses dos territórios
ocupados. Oslo II, em setembro de 1995, amplia o domínio palestino na Cisjordânia. A distensão é reforçada com o acordo de paz entre Israel e , em outubro de 1994.

Assassinato de Rabin– Os avanços pela paz acentuam divisões na sociedade israelense. Grupos ultranacionalistas e radicais ortodoxos se opõem à devolução de territórios aos palestinos. Para reforçar sua posição política, Rabin lidera uma grande manifestação pela paz, em Telaviv, em 4 de novembro de 1995. Na saída, é assassinado por um extremista judeu, Yigal Amir, condenado à prisão perpétua em março de 1996. O chanceler Shimon Peres, arquiteto do plano de paz, assume o governo. Até o fim de 1995, desocupa as cidades da Cisjordânia previstas em Oslo II. Peres perde o cargo de primeiro-ministro para o novo líder do Likud, Benyamin Netanyahu, nas eleições de maio de 1996. O processo de paz é interrompido, e a colonização judaica na Cisjordânia volta a expandir-se. Em janeiro de 1997, Israel e palestinos concordam com a retirada das tropas israelenses de Hebron, exceto as áreas habitadas por colonos judeus.

Acordo de Wye Plantation– Israel aceita deixar mais 13% da Cisjordânia e libertar prisioneiros palestinos num acordo complementar assinado em 1998, em Wye Plantation (EUA). Mas Netanyahu interrompe as retiradas em dezembro, em meio à crise no governo – a ala ultraconservadora não aceita a devolução de territórios. As eleições são antecipadas para maio de 1999.

Retorno dos trabalhistas– O líder trabalhista Ehud Barak vence as eleições com 56% dos votos, apoiado em promessas de um acordo final com os palestinos e de pôr fim à ocupação do sul do Líbano. A retirada militar da Cisjordânia prevista em Wye Plantation se estende até março de 2000. Em maio, Israel deixa o sul do Líbano. Mas o governo libanês o acusa de ocupar a área conhecida como fazendas de Shabaa (que a ONU diz ser da Síria), e o Hezbollah continua a atacar israelenses que patrulham a região.

Fracasso de Camp David– As negociações sobre o status final dos territórios palestinos, ocorridas em Camp David (EUA), em julho de 2000, terminam sem um acordo sobre temas difíceis, como o controle da água, o retorno de 3,9 milhões de refugiados palestinos, o traçado das fronteiras do Estado palestino em Gaza e Cisjordânia e o futuro dos assentamentos judaicos nesses territórios. Barak faz a mais ampla proposta já apresentada por Israel: soberania palestina sobre toda a Faixa de Gaza e 90% da Cisjordânia. Mas Arafat a rejeita porque não estão previstos a entrega de Jerusalém Oriental (que os palestinos querem transformar na capital de seu futuro Estado) nem o retorno dos refugiados e são mantidas colônias judaicas em 10% da Cisjordânia - no leste, onde estão as fontes de água. Ao mesmo tempo, os setores conservadores e religiosos de Israel reprovam as "concessões excessivas" de Barak. Judeus serão minoria em 2020 o crescimento da população árabe em Israel e nos territórios palestinos ocupados (Faixa de Gaza e Cisjordânia) preocupa as autoridades. Um estudo da Agência Judaica indica que, nesse ritmo, em 2020 os judeus serão minoria na região.

Em 2000, Israel possui 6,2 milhões de habitantes (1,2 milhão de árabes e 5 milhões de judeus). Se o cálculo considerar os territórios ocupados, onde hoje vivem 3,2 milhões de árabes, a população árabe totaliza 4,4 milhões. Em 2020, sempre segundo o estudo, Israel terá 8,3 milhões de habitantes (6,3 milhões de judeus e 2 milhões de árabes) e os territórios ocupados, 5,6 milhões de árabes.

Somados, os árabes chegam a 7,6 milhões, contra os 6,3 milhões de judeus.
O principal fator para a gradual mudança é que a taxa de fecundidade da mulher árabe em Israel é de 4,8% e nos territórios, de 5,9%, enquanto a da judia é de 2,8%. Além disso, a crise econômica e o conflito com os palestinos fazem cair a imigração de judeus para Israel.


Segunda Intifada - Aproveitando-se do clima geral de desapontamento com o processo de paz, o novo líder do Likud, Ariel Sharon, vai em 28 de setembro à Esplanada das Mesquitas, na Cidade Velha, para reafirmar o domínio israelense sobre a área. É o terceiro local mais sagrado do Islã e abriga as mesquitas de Al-Aqsa e Domo da Rocha, esta última construída ao redor da pedra onde, segundo a tradição, o profeta Maomé subiu aos céus. Milhares de palestinos protestam, dando início à Segunda Intifada, também conhecida como Intifada de Al-Aqsa.

O levante palestino começa com passeatas e ataques com pedras aos soldados israelenses e logo passa a ações de grupos armados e atentados. Em outubro, Barak suspende o processo de paz, fecha a fronteira com os territórios e adota a política de eliminação de líderes da Intifada acusados de matar israelenses. Barak governa com minoria no Parlamento após perder o apoio de partidos religiosos e convoca em novembro eleições apenas para primeiro-ministro - pela lei então em vigor, a votação para chefe de governo pode não coincidir com a do Parlamento.

A crise econômica é a pior da história do país Beneficiado pelos acordos de paz, investimentos em alta tecnologia e a chegada de cerca de 1 milhão de imigrantes, Israel cresce na década de 1990 a uma taxa média de 5% ao ano. A economia é abalada, porém, no segundo semestre de 2000 pela retração do setor de alta tecnologia nos EUA e pela Intifada, que afeta a agricultura – dependente de mão-de-obra palestina – e o turismo. Em 2002 o
país enfrenta a pior recessão desde sua fundação. O desemprego atinge 10,5,% dos trabalhadores e um em cada cinco habitantes
vive abaixo da linha de pobreza.

A crise nos territórios palestinos é mais grave ainda: três em cada cinco pessoas vivem abaixo da linha de pobreza por causa da perda de trabalho em Israel, dos bloqueios militares e do fim de investimentos nos territórios. A taxa de desemprego é de mais de 50%. Além disso, após o início da Intifada, Israel se recusa a devolver à ANP cerca de 60 milhões de dólares por mês decorrentes da cobrança de impostos. Em 2002, apenas parte da verba é entregue.

Fatos Recentes

Desmoralizado por não conter a Intifada, Barak é derrotado por Sharon nas urnas, em fevereiro de 2001. Ao prometer que trará segurança, não dividirá Jerusalém nem entregará mais territórios aos árabes, o líder do Likud recebe 62,4% dos votos e forma um governo com o apoio de oito partidos, incluindo o Trabalhista. Com Sharon, acusado no exterior de massacres de árabes, a retomada do processo de paz fica mais distante. Ele constrói mais colônias judaicas, intensifica bloqueios de estradas e cidades nos territórios árabes e insiste em só negociar com quando a violência cessar.

Assassinatos– Em outubro, em meio a uma trégua, um membro da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP) mata em Jerusalém o ministro do Turismo, Rehavan Zeevi, um ultranacionalista, em retaliação pelo assassinato por forças israelenses, em agosto, de seu líder, Abu Ali Mustafá, em Ramallah. Israel reage, e seu Exército invade cidades autônomas palestinas. Em dezembro, Arafat é cercado em seu quartel-general, em Ramallah, e impedido de viajar para o exterior enquanto não prender os culpados pela morte de Zeevi.

Reocupação– De janeiro a março de 2002, o conflito intensifica-se. Aumentam os atentados suicidas em Israel e as incursões militares israelenses nos territórios ocupados. Em 29 de março, o Hamas faz o mais mortífero atentado da Intifada. A explosão de um homem-bomba num hotel em Netania mata quase 30 pessoas que comemoravam o início da Páscoa judaica.
Israel deslancha a maior ofensiva na Cisjordânia desde a Guerra dos Seis Dias, batizada de Muro Protetor, com o objetivo de "destruir a infra-estrutura do terror". Cidades e campos de refugiados são ocupados, soldados revistam as casas e prendem centenas de palestinos. No campo de refugiados de Jenin, militantes palestinos resistem à invasão e o Exército bombardeia e invade o local com tanques e escavadeiras. Morrem mais de 50 palestinos e 23 soldados israelenses. A ANP acusa Israel de ter cometido um massacre.

Relatório da ONU não encontra evidências de massacre, mas acusa o país de ter dificultado a assistência aos feridos. Em outra frente, a ofensiva em Belém gera um grave impasse em torno da Igreja da Natividade. Palestinos armados procuram refúgio no complexo e lá ficam sitiados por mais de um mês. Os apelos do Vaticano e da comunidade internacional pelo fim do cerco levam ao acordo que transfere os militantes palestinos mais procurados para a ilha de Chipre. Em junho, após nova onda de atentados, Israel volta a reocupar as principais cidades cisjordanianas, agora em caráter permanente.

Várias delas ficam sob toque de recolher. Até o fim de dezembro de 2001, ao menos 2.434 pessoas haviam morrido (1.759 do lado palestino e 675 do israelense) na Segunda Intifada.

Muro na fronteira– Em junho, Israel começa a construir uma cerca de 130 quilômetros ao longo da fronteira norte com a Cisjordânia, incorporando várias localidades palestinas. Sharon alega querer evitar a entrada de extremistas, mas a ANP o acusa de anexar territórios árabes.

Fim da coalizão– A crise econômica israelense faz emergir disputas sobre repartição de verbas orçamentárias. Trabalhistas pressionam por cortes de fundos para assentamentos judaicos, que recebem mais benefícios do que a população pobre de Israel. Em outubro de 2002, o partido deixa a coalizão de governo. Sharon não chega a um acordo com grupos de extrema direita e convoca eleições parlamentares para 28 de janeiro de 2003.

Partidos religiosos têm forte poder de barganhaFormada por judeus vindos de todas as partes do mundo, árabes e minorias, como os drusos e os beduínos, a sociedade israelense é bastante fragmentada. A população se divide entre religiosos e laicos, conservadores/direitistas e centro/esquerdistas, sefaraditas (judeus do Oriente Médio e norte da África) e ashkenazis (judeus da Europa e ex-países soviéticos), nativos e imigrantes recentes e judeus e árabes.

Esse quadro resulta num Parlamento com muitos grupos políticos e poder desproporcional dos pequenos partidos. Na última década, o crescimento dos partidos religiosos, em especial o ultra-ortodoxo sefaradita Shas, é o fator mais importante na mudança do equilíbrio de poder, partilhado entre os conservadores do Partido Likud e os centro-esquerdistas do Partido Trabalhista de Israel. Os sefaraditas queixam-se de ser discriminados pelos ashkenazis, que formam a elite cultural e econômica do país.

DADOS GERAIS

GEOGRAFIA – Área: 20.700 km². Hora local: +5h. Clima: mediterrâneo. Capitais: Jerusalém (não reconhecida pela ONU), Telaviv (sede da maioria das embaixadas estrangeiras). Cidades: Jerusalém (657.500), Telaviv (354.400), Haifa (270.500), Rishon Leziyyon (202.200), Ashdod (174.200) (2000).

POPULAÇÃO – 6,3 milhões (2002); nacionalidade: israelense; composição: israelenses nativos de origem européia 41%, europeus, norte-americanos, africanos e médio-orientais 40%, árabes palestinos 19% (1996). Idiomas: hebraico, árabe (oficiais), inglês. Religião: judaísmo 77,1%, islamismo 12%, cristianismo 5,8% (católicos 2,7%, outros 3,1%), sem religião e ateísmo 4,8%, bahaísmo 0,3% (2000).

GOVERNO – República parlamentarista. Div. administrativa: 6 distritos subdivididos em 31 municipalidades. Presidente: Moshé Katsav (desde 2000). Primeiro-ministro: Ariel Sharon (Partido Likud) (desde 2001). Partidos: Trabalhista de Israel, Likud, Shas, Meretz. Legislativo: unicameral – Assembléia, com 120 membros. Constituição: não há Constituição escrita.

ECONOMIA – Moeda: shekel novo; cotação para US$ 1: 4,93 (jul./2002). PIB: US$ 110,4 bilhões (2000). DEFESA – Exército: 120 mil; Marinha: 6,5 mil; Aeronáutica: 37 mil (2001). Gastos: US$ 9,4 bilhões (2000).

EMBAIXADA – Tel. (61) 244-7675, fax (61) 244-6129, e-mail: misrael@terra.com.br – Brasília, DF.

QUANDO A EDUCAÇÃO SERÁ PRIORIDADE NO BRASIL?

Até o próximo "oportunismo"

Atualizado em 03 de outubro de 2009 às 12:18. Publicado em 03 de outubro de 2009 às 12:08 por Luiz Carlos Azenha. Eu ouço isso desde os anos 50, quando ainda nem tinha nascido: a solução está na educação. Sem educação o Brasil não vai a lugar algum. Concordo. Mas também já ouvi esse argumento usado para tentar desmerecer outros investimentos.

Escrevendo em O Globo, a Miriam Leitão traz de volta o "há quem diga" que o dinheiro a ser gasto com as Olimpíadas do Rio de Janeiro seria melhor gasto se investido em educação.Da mesma forma que o Ali Kamel, no discurso contra as cotas raciais, diz que em vez de promovê-las o governo federal deveria investir em educação básica que beneficiasse tanto negros quanto brancos.À primeira vista parecem argumentos louváveis. Até que alguém, na prática, tenta fazer alguma coisa em favor da educação. Leonel Brizola no Rio de Janeiro, por exemplo, se esforçou para expandir o ensino básico de qualidade a todas as crianças. Foi ferozmente combatido pelas Organizações Globo.

O governo Lula, que promoveu uma notável expansão das escolas técnicas e universidades federais, foi ferozmente combatido pelas Organizações Globo. Só escapou de maiores críticas por ter financiado o PróUni, que é uma tremenda transferência de renda do Estado para as universidades privadas patrocinadoras das Organizações Globo.Todos os avanços sociais patrocinados pelos governos trabalhistas brasileiros foram ferozmente combatidos pela elite: das leis trabalhistas de Getúlio ao Bolsa Família. As leis de Getúlio eram "inspiradas em Mussolini". O Bolsa Família, arma eleitoral para sustentar vagabundo.

Eu aceito que usem o argumento da "prioridade na educação", sim. Desde que seja vinculado à origem do dinheiro: que tal um imposto sobre as fortunas ou sobre o faturamento dos bancos exclusivamente investido em educação?Ah, mas aí não vale. Aí eles escondem o argumento em defesa da educação básica de qualidade. Até o próximo "oportunismo".

TEXTO ORIGINAL NO ENDEREÇO:http://www.viomundo.com.br/opiniao/ate-o-proximo-oportunismo/

Parabéns pela excelente explanação!