segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

PARA REFLETIR

A DIFERENÇA

É um privilégio podermos viver numa comunidade em que existam diferenças. Diferenças religiosas, ideológicas, culturais, patrimoniais, raciais, de níveis de evolução, de inteligência, de capacidade de realizar, de influir, participar, cooperar, transigir, aceitar, divergir, compor e recompor.Pensem na monotonia e inutilidade de vivermos em um ambiente em que todos fossem iguais, pensassem, agissem, e se comportassem de igual forma, que todos adotassem as mesmas ações como, procedimentos, idéias e pensamentos como a única verdade.

Em uma tal sociedade pasteurizada, não existiria evolução nem progresso, não teríamos como aprender, nem com quem aprender, nem o que aprender. Tudo aquilo que pudesse ser, já o seria de forma perfeita e definitiva. O esforço pela busca do novo, do diferente, do melhor, do mais vantajoso e do mais oportuno, desapareceria.Numa sociedade que apenas existissem, católicos, budistas, espíritas, ou materialistas etc.; conservadores, liberais, neoliberais, trabalhistas, socialistas ou comunistas; negros, brancos amarelos ou vermelhos; técnicos, pensadores, empreendedores, artistas ou contemplativos.

Nessa sociedade viveríamos na mais profunda apatia do nada fazer, nada realizar, sem desafios ou necessidade de buscas e de crescimento. Seria uma sociedade plastificada, pronta e acabada sem desafios e sem aprendizado.

Acredito que tal sociedade apenas sobreviveria por muito pouco tempo, dirigida por mão de ferro e no mais profundo autoritarismo, com tolhimento de todas as liberdades, possibilidades de discordância, ameaças e punições. Em algum momento explodiria uma rebelião para romper com o padrão adotado e restabelecer as diferenças.

Entendo as diferenças como uma necessidade social, humana e existencial para sermos o que somos. Eliminar às diferenças é estabelecer nossa forma de ver como se fosse a única forma de ver e de ser, e interpretar algo como a verdade, verdadeira, absoluta e definitiva, e tudo o mais como algo errôneo e que precise ser homogeneizado.

Precisamos aceitar a diferença como algo de elevada relevância, posicionarmo-nos com humildade, compreensão, aceitação, agir sem menosprezar, humilhar ou agredir aos que possuam ponto de vista divergente, pautarmo-nos com respeito ao outro e entender que cada um só pode ser, aquilo que é capaz de ser.

E NÓS TAMBÉM SÓ SOMOS O QUE PODEMOS SER É o meu ponto de vista, aqui e agora.

Neste fim de ano um grande abraço em todos e votos de um excelente 2010:Aécio

Nenhum comentário:

Postar um comentário